segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Eu estou com um rombo.
Aqueles buracos enormes que insistem em não fechar, independente do tempo.
O machado atingiu bem aqui no peito.
E eu estou parada esperando. Não me movimento muito, vá que perca todo o meu sangue e morra. 
Fico parada esperando o tempo. É uma dor que não passa. Uma tristeza sem fim. Sou só. Só buraco.
O buraco me engoliu por inteira e estou sem ar, sem visão e sem raciocínio. Sou dor, dor e dor.
Perdi tudo. Meus batimentos estão se indo. E eu? 
Eu espero o tempo. Um milagre. Pode ser um médico ou um mágico.
Espero deus, não tenho cura.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Porto Alegre

Essa coisa de viver em ciclos, ainda vai me deixar sem ninguém!

Minha vida se redefine a cada dois ou três anos, esses são meu ciclos.
Agora em um novo momento, mais um vez no recomeço.

Agora eu vou procurar aquele grupo de teatro que eu adiei porque pensei que voltaria.
Agora vou procurar o pessoal do treino de corrida, porque pensei que voltaria.
Agora vou comprar umas alpargatas, porque pensei que não precisaria.
Agora vou gastar menos dinheiros, porque pensei que gastaria.
Agora vou andar mais na rua, porque pensei que era tristeza.
Agora vou quebrar as paredes, porque pensei que jamais sorriria.
Agora vou olhar nos olhos, porque pensei que eram ocos.
Agora vou respirar fundo e celebrar a vida, porque pensei que era morte.

Agora vou buscar família
Agora vou achar abraço
Agora vou transpor o espaço
porque agora sou afeto desinibido

Agora vou ter amigos
Porque agora é aqui que vivo.