segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pote

Daí eu descobri que eu não sou um pote, desse tipo que você vem, larga todas as coisas e fica brincando de tirar e colocar.
Eu tenho tamanho exato, vou ir crescendo, mas o tamanho por enquanto é definido
E você
você tem transbordado esse tamanho
e justamente por eu não ser um pote, eu tenho deixado
e no fim isso não assusta a mim
e quem passa a morrer de medo é você.
O susto por eu não ser o pote. O susto por eu não tampar tudo e ganhar o rótulo. O susto por eu transbordar e mesmo assim caber mais, o medo que tu vai tendo, e assim vai me dando outra forma...
De pote me mudas pra iô-iô, me joga pra cá e pra lá, como se só tu mandasse nos movimentos.
Mas o que não sabes é que eu estou vendo tudo isso
e que em meu bolso tem uma tesoura
e a qualquer momento
e eu farei isso em silêncio, porque diferente de ti eu não aviso antes, nem depois, nem durante...
daí eu posso pegar a tesoura
e cortar a corda
e esta é uma das tantas maneiras, de mostrar que eu não sou pote, eu não sou iô-iô e sim eu sou gente
e gente que escolhe, que decide, que deseja, que gosta e também que cansa.

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