quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Relações

Ok estou lendo o anticristo e não tenho como não relacionar com o ato político que é fazer psicologia.

Tenho pensado o que é psicologia... com certeza tenho muitas respostas, mas ler O anticristo me fez lembrar de Zimmerman e Chemama.

Logo no início do livro Nietzsche diz que a caridade (permitida e proliferada pelo cristianismo de Paulo) é um ato que legitima o outro como incapaz e assim provoca o seu desaparecimento. Achei isto fantástico!!!

Lembrei de Zimermman falando de que umas das condições do analista (eu prefiro psicologo) é ter respeito, ou seja, respeitar a individualidade que está a sua frente, ou individualidades, não desqualificar o que a pessoa sente, mesmo que se pense o contrário, compreender e aceitar o seu sofrimento psíquico e até mesmo o seu "não" sofrimento.

Também lembrei de Chemama que diz que quando uma pessoa procura um psicólogo ela busca um endereçamento, ou seja, ela vai falar de si para saber localizar-se em si e no mundo. E a escuta do psicólogo, suas intervenções, questionamento e assinalamentos farão com que, através deste diálogo, vá-se criando o endereço desta pessoa (mesmo que momentâneo)

O que os três conceitos tem em comum?

Buenas, ser psicólogo é agir contra a lógica cristã! Seria aceitar a pessoa em sua individualidade, dando-lhe um lugar para SER, logo reconhece-se a sua capacidade ao invés de incapacidade e ao invés de desaparecer ela aparece!

psicologia é política!

Nenhum comentário:

Postar um comentário