quinta-feira, 13 de maio de 2010

Na boca do estômago vem uma ânsia, uma vontade de vomitar, algo forte que me faz evitar a comida.
Realmente é ansiedade, os devaneios de estar grávida voltam. Sempre, por toda a vida, fui e sou perseguida por isso. Quando for verdade já terei mil vezes sentido o que é essa expectativa.
O nome de minha ansiedade se torna gravidez, assim é mais fácil, localizo bem em meu corpo e coloco tudo nela.
E o que fazer perante a certeza de que não se está grávida?
Como brincar então com a ilusões?
Como lidar com as expectativas?

Questões que não me vem a resposta, só viver para saber.
Então tá, esse embrulho aqui dentro, não é gravidez, é ansiedade.

Existe um abismo, algo muito profundo em terra, que faz com que eu não te veja, mas eu te sinto aqui dentro de mim e isso me causa ansiedade, quando será o encontro, como será?

Hoje parou um carro, em frente ao prédio que eu me encontrava, e eu pensei, é você! A barba por fazer, o cabelo escuro, curto, uma magreza gorda, um jeito de olhar pro lado, todo seu.
Mas não era, mais um devaneio. Mais uma vez um filho nosso que não nasceu.

Está tudo confuso em meu coração vagabundo.
Mas tenho saudade da tua viola tocando uma milonga e queria uma calma que por vezes tive ao estar perto de ti.

Também quero cama, comida e roupa lavada, mas não se preocupe você só precisa cuidar da primeira opção, o resto pode ser qualquer pessoa.

Hoje tive muita saudade. Tive inveja do teu filho que vai nascer. E queria lhe dizer: o nome que escolheste é horrível! Caetano é horrível, um lixo. Mas isso é mais uma prova de que não faço mais nenhuma parte de sua vida.

Sinto saudades mas ao mesmo tempo eu não te quero mais, loucura? Nem eu entendo.

Um comentário: