Carlos chega de viajem, e liga para Charlote (observação, Charlote é a mesma Paola mas já possui outro nome).
- Charlote quero falar com você agora.
- Sim, mas por quê esta voz? O que houve?
- Tu ainda tem coragem de me perguntar o que houve? Onde tu estas? Estas em casa?
- Sim estou em casa, por quê a fúria? Me explica!
- Estou indo aí agora!
Charlote senta-se em seu sofá e chora, o amor de sua vida com certeza havia descoberto. Lastima o moralismo que reina sobre ele, lastima, lastima, lastima.
Esse momento faz Charlote reviver coisas que se passaram por toda a sua vida, desde a infância. Sempre soube que era diferente, ou de repente, humana e foi polida, moldada, esquartejada, quebrada, desmontada, pra corresponder à menina boa que não saia das regras. Porém, algo permaneceu sempre muito vivo nela e ela sabia de seu potencial em se unir novamente a si, se refazer, se organizar e ser ela.
Carlos bate na porta, Charlote abre.
Carlos segura Charlote pelos braços, com muita força, ele está furioso. O que foi que você fez hein?
Carlos você está me machucando. Por favor me solta, eu vou gritar mais alto se você não me soltar, eu faço um escândalo, eu berro pro porteiro!
Carlos solta-a, dirige-se pro sofá, senta-se e começa a chorar.
Charlote abraça Carlos contra seus seios, mas a vontade de chorar ela não sente mais. Está preocupada com Carlos, parte de seu mundo havia sido "desplanificado", suas verdades foram colocadas a prova, a mulher que ele amava, havia traido-o mas ele não conseguia deixar de amá-la.
As lágrimas encostam a blusa de Charlote e ela se abaixa um pouco e começa a beijar Carlos, lágrimas começam a correr de seus olhos, porque ela compreendia toda a dor que ele estava sentindo. Charlote tira as calças de Carlos e ele rasga sua blusa, sobe sua saia...
Acabam ali, naquele sofá, suados, abraçados e chorando.
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