quarta-feira, 30 de junho de 2010

A cavalo 2

E enquanto a música tocava, Luisa viu Carlos entrar em seu mundo enquanto dirigia. Com Luisa não foi diferente, medo de encontrar Luis ela não tinha mais, pois sabia que o encontro seria inevitável.
Rapidamente os pensamentos de Luisa, montaram a cavalo e se foram a galope, em busca de Jô.

Luisa olhava de canto de olho para Carlos e lembrava quando passava dias e dias ao lado de Jô. Ambos eram vizinhos e se encontravam diariamente, mas cada um tinha seu mundo, e as visitas ao mundo de Jô eram sempre um encontro com algo bom, muito bom que Luisa não sabia explicar.
Neste momento sentia apenas a saudade do pescoço de Jô, sentia saudade de olhá-lo segurando o violão e ver suas mãos fazendo as notas musicais ao ritmo de milonga.
Jô não sabia nenhuma música, não tinha saco pra ensaiar as mesmas, todas as que ele tocava eram criações sua, ele era um verdadeiro artista.
Um amante das emoções, se entregava a elas como sempre as vivenciou com a música, era algo inesperado que acontecia no momento, e era justamente disso que ela tinha saudade. A coragem que via nele e que brotava nela de se ser quem se é e viver o que vier.
E por mais clichê que fosse, ambos tinham um lema: "que seja eterno enquanto dure".

Agora Luisa não queria lembrar porque tudo acabou com Jô, ela estava em frente a porteira que dava acesso a casa da família de Carlos.

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