domingo, 5 de dezembro de 2010

- É boa esta bebida?
- Tem um pouco de gosto de remédio.
- hum, isso tu tá acostumada.
- é

Quantos remédios prescritos serão necessários para deixar um homem dentro da normalidade desejada?
Quantos remédios me darão e me ameaçarão de insanidade caso faltar?
Qual o problema dos não sãos?
Não quero e nem pretendo matar alguém.
Me dopam e eu não tenho falado nada.
Agora me apoderarei de mim, direi: não sou doente, por mais que todos tentem,
ganho classificações no CID-10, DSM-IV e assim por diante.
Mas tudo que quero é gozar a vida, viver na minha intensidade, mesmo que ela seja diferente dos demais.
Uns gritarão LOUCA, outros dirão anormal. Não tem problemas, cresci assim e sei muito bem o que é ser taxada em um mundo caretinha onde terno e gravata é que é ser normal.
Por isso, embora tenha ligado ha muito para tais rótulos, assino aqui, hoje, a demissão da preocupação.
Me chamem do que quiserem, eu sei o que sou, e se isto é ser louco socialmente eu só tenho as lhes dizer, ser louco é a melhor coisa que há e eu não trocaria isso por nenhum dia normótico gabinetosferizada em qualquer canto burocrático deste mundo.

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